Muitas pessoas passaram a se preocupar exclusivamente com a alimentação, estabelecendo um equilíbrio saudável. Porém, é comum vermos pessoas radicalizando a alimentação, tendo um certo medo, tornando o ato de comer culpado e estressante. A partir dessa restrição e classificação sobre quais alimentos são bons ou ruins, surge então o conceito terrorismo nutricional. 

Mas de onde surgiu o fenômeno terrorismo nutricional? 

O conceito surgiu na década de 1960, quando estudos científicos publicaram uma lista de alimentos bons e ruins. Essa afirmação gerou e ainda gera muitos debates até hoje, inclusive existem pessoas fazendo restrições alimentares e adotando dietas sem consultar um profissional de saúde capacitado.

A relevância das pautas de saúde e boa alimentação tomaram as redes sociais, e foi pela Internet que o terrorismo alimentar se expandiu, indo contra o equilíbrio saudável. Alimentos passaram a ser banalizados como ruins, enquanto outros valorizados como bons, fazendo com que as pessoas deixassem de comer os “ruins”, sem a consulta de um profissional da área, seguindo dietas sem embasamento científico.

Os carboidratos foram cortados das dietas, inclusive as frutas foram vistas como vilãs, por possuírem frutose e, no terrorismo alimentar, qualquer tipo de açúcar é ruim para a saúde. 

Passaram a valorizar cortes extremos ao invés do equilíbrio entre diversas fontes de nutrientes. Qualquer escolha levada ao limite é prejudicial, seja pelo excesso de alimentos ultraprocessados, seja pelo excesso de alimentos bons. 

 

Um gatilho que pode desencadear transtorno alimentar 

Essas restrições podem ir se intensificando, levando a problemas mais sérios como transtornos alimentares, quando as pessoas passam a ver alimentos como vilões. 

A ortorexia nervosa, por exemplo,  é um transtorno no qual a pessoa se alimenta apenas do que, ela considera, saudável. A fixação pelo saudável a qualquer custo, leva a um sentimento de culpa e ansiedade constante durante a alimentação, tornando o que deveria ser algo natural, o ato de se alimentar, em algo danoso mentalmente. 

Passando da ortorexia, em casos mais extremos, a pessoa pode desenvolver anorexia e ver que não deve consumir nenhum alimento, tanto por uma questão estética, ao não ter uma boa relação com seu corpo, quanto por uma relação alimentar, não acreditando nos benefícios de cada alimento. 

 

Como manter uma boa relação com a comida de forma saudável?

Não se deve deixar de se preocupar com os alimentos que se ingere, porém, não se deve tornar isso um terrorismo mental e nutricional. Existe em cada alimento um benefício e um malefício, principalmente se levado ao consumo intensivo deste. 

Na busca por uma vida mais saudável, com uma boa relação com suas refeições, uma técnica é fazer um prato colorido, variando nos nutrientes e gerando o equilíbrio, e claro, consultando sempre um especialista da área que possa te orientar durante essa jornada em busca da vida saudável. 

 

*O conteúdo desta matéria tem caráter informativo e não substitui a avaliação de Profissionais da Saúde.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.