Hoje vamos começar a nossa matéria com um jogo de adivinhação. Pense rápido! 

Para você o que significa alimentar-se de maneira adequada e com qualidade? 

Tenho certeza de que rapidamente chega a nossa cabeça que esta alimentação deve ser individualizada, balanceada, colorida e que leve em consideração a sua idade e condição de saúde. Porém, este conceito pode ser explorado com maior profundidade quando pensamos também que deve ser contemplada uma comida livre ou com o mínimo possível de agentes contaminantes (vírus, bactérias, fungos). Comer de maneira saudável não é apenas balancear e individualizar as refeições, mas também cuidar da procedência e da higiene dos alimentos.

A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é o conceito que considera todos os critérios que comentamos acima e pode ser definida pela “realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais”.

Compreendendo a importância deste “comer de forma segura”, é importante falarmos sobre procedimentos de Boas Práticas Alimentares, ou seja, atitudes que devem ser adotadas para garantir a qualidade dos alimentos que você coloca em sua mesa, favorecendo uma redução dos prejuízos à nossa saúde. Vários são os aspectos de podemos observar, como o local em que fazemos as compras (higiene e manutenção de temperaturas dos alimentos, principalmente os refrigerados, a integridade das embalagens, principalmente os enlatados, e até mesmo o aspecto dos funcionários que manipulam os alimentos: se estão vestindo uniformes limpos, sem barba aparente, cabelos presos, utilização de luvas ou periodicamente lavando as mãos). Porém, hoje vamos direcionar a nossa atenção a higiene dos alimentos frescos e in natura, que fazemos em nossas casas.

Comecemos falando de dois conceitos muito simples, porém, que fazem uma grande diferença neste processo: 

LAVAR: o termo engloba tanto o uso de água e sabonete quanto a aplicação de preparações alcoólicas (gel ou solução). 

Já,  HIGIENIZAR consiste na operação que compreende duas etapas, a limpeza e a desinfecção. 

A desinfecção prevê a redução parcial do número de microrganismos (bactérias, vírus…) que podem ou não causar doenças, mas não matando os esporos (estruturas pequenas produzidas em grande quantidade por bactérias, fungos e plantas, com capacidade de gerar um novo agente contaminante).

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda que antes de comermos as frutas e vegetais, eles sejam higienizados, e para isto algumas etapas são indicadas:

  • Selecionar, retirando as folhas, partes e unidades deterioradas dos alimentos;

 

  • Lavar os alimentos em água corrente e potável de forma mais cuidadosa possível;

 

  • Colocar os alimentos de molho, totalmente cobertos por água, em produtos já prontos conforme diluição e tempo orientado pelo fabricante. Ou pode preparar uma solução caseira de água sanitária (sem alvejante ou perfume), com 2 colheres de sopa por cada litro, deixando o alimento por 10 minutos;

 

  • Ao término, escorra a água e enxágue os hortifrutis em água corrente e potável, eliminando o excesso;

 

  • Feito isso, mantenha os alimentos sob refrigeração até a hora de servir.

 

Estes pequenos, mas importantes cuidados, irão garantir uma alimentação mais controlada e com menor quantidade de contaminantes, te ajudando na manutenção de sua saúde como um todo. Lembre-se de que comer de modo saudável envolve desde a ausência de contaminação dos alimentos, até o equilíbrio e harmonia que compõem o seu prato.

 

*O conteúdo desta matéria tem caráter informativo e não substitui a avaliação de Profissionais da Saúde.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.

Referências Bibliográficas

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/noticias/2022/como-escolher-higienizar-e-armazenar-frutas-verduras-e-legumes
https://www.fao.org/3/am040s/am040s03.pdf
ALVES, Kelly Poliany de Souza; JAIME, Patricia Constante. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição e seu diálogo com a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 11, p. 4331-4340, nov. 2014