Meu nome é Renata Luri, e sou fisioterapeuta PhD em Ciências da Saúde, adepta do yoga e boas energias. Há 10 anos, sou sócia da Clínica La Posture, que nasceu do sonho de melhorar a vida das pessoas. Sonhadora e realizadora, acredito que a informação tem o poder de transformar vidas e, talvez por isso, me mantenha escrevendo matérias como essa de bem-estar. Sim, ainda há uma pura expectativa de beneficiar, ao menos, um leitor. 

Sou uma mãe de primeira viagem, na montanha-russa de se criar um bebê e equilibrando na prática alguns pratos para me manter no autocuidado e formar um mini ser humano da melhor maneira possível. Torço internamente para que Chloe leia essa coluna quando estiver alfabetizada, como um guia de orientação e herança de mãe para filha –assim, ela (e você) podem aprender e fazer escolhas de saúde mais conscientes. Convido você com a mesma dedicação e responsabilidade que cuido dela para me acompanhar nessa jornada, e, assim, permitir que eu te ajude a ter um estilo de vida mais leve e saudável.

Escolhas, experiências e bagagens

A escolha inicial pela formação na Universidade Federal de São Paulo voltada à ciência e paramentada pelos dados quantitativos dos artigos científicos, parecia pragmática. Dediquei-me às pesquisas, que me trouxeram, inclusive, oportunidades incríveis mundo afora. Sempre apaixonada pelo processo de envelhecimento, não gostava de pensar em tratar pessoas depois que a lesão ocorria. Sempre gostei da ideia de prevenir antes que o mal acontecesse. Parecia mais sensata essa opção e um melhor investimento para meus pacientes, e por isso, me dediquei a pós-graduações  na USP para entender melhor sobre esse caminho, e me encantei pela ótica de prevenção e promoção de saúde.

Uma década se passou e decidi colocar em prática toda bagagem de conhecimento. Senti a necessidade de conduzir com minha visão e coração minha própria Clínica. Com o tempo, percebi que as estatísticas poderiam deixar escapar as minúcias do cuidar de um ser humano. Muito mais do que a técnica X preconizada para cuidar de uma coluna ou um joelho. Cada corpo trazia suas dores e alegrias associados a cada célula -dizem os cientistas que se trata de epigenética, dizem os astrólogos que é o tal do karma. Fato é que, na condução da rotina de consultório, vemos corpos diferentes com demandas distintas e históricos bem mais complexos do que os que traziam os livros científicos e guidelines. Há algo além dos outliers, aqueles vieses que fogem dos padrões esperados de uma curva de Gauss, e na especificidade do cuidar e lidar com o todo, veio a necessidade de unir corpo e mente respeitando cada ser humano. Senti no coração a necessidade de me aprofundar em yoga e abordagens integrativas, que via de regra, também traziam benefícios respaldados pela ciência. 

E nesse fluxo da vida, veio a maternidade, fortalecendo o acreditar ainda mais em rotinas e hábitos possíveis. Afinal, ser mãe ensina diariamente a sermos mais leves e fazer o melhor com as ferramentas que temos –dentro do nosso possível!.

Com consistência (paciência e uma super dose de persistência) vamos cultivar uma vida mais leve e longeva! Te convido a nos encontrarmos por aqui quinzenalmente, com dados recentes da ciência, vivências e essa modesta bagagem prática do cuidar de tantas pessoas –com informações que podem fazer sentido e diferença na sua relação com seu corpo, com você mesmo e com o seu estilo de vida.