01/09/2023 - 18:49
“O esporte pode mudar vidas!” Você já ouviu essa frase? Certamente, sim! Mas você realmente acredita nisso? A gente já abordou sobre os benefícios da corrida no aspecto de saúde física, as possíveis lesões que afetam o corredor – como ou o que você pode fazer para ter uma vida longa no esporte – seja com cuidados, alimentação ou com atividades físicas de manutenção como Pilates e musculação.
Hoje trago, como de praxe, dados de pesquisadores – há um número crescente de estudos que apontam que o exercício leva a mudanças na atividade cortical cerebral, sendo que esses resultados parecem ter um efeito positivo e duradouro na atividade cortical cerebral, influenciando de forma importante o bem-estar dos corredores. Mas além dessa informação, trago uma perspectiva de um relato – vindo menos do cérebro e mais do coração de quem realmente ama correr.
Você acredita que pode melhorar sua vida?
Ah sim! Acabei de te trazer uma série de matérias de corrida em que os estudos falam sobre os benefícios neurocientíficos para você melhorar sua vida!
Mas a verdade é que, somente quem corre ou “tem um esporte para chamar de seu”, sabe que sim, ele se torna parte da sua rotina, mas muito mais do que isso, ele se torna o famoso lifestyle! Palavra chique para dizer que ele se torna seu dia a dia, sua história e essência capaz de influenciar sua trajetória pessoal.
Sim, há quem diga que o esporte se torna parte de quem você é, e de forma genuína, muda a forma que você lida com os desafios e até determina suas escolhas, que transpassam qualquer esporte! E aqui, na matéria de hoje, trago um relato pessoal de quem tem a corrida como superação e constância, palavras que têm sido usadas com frequência por aqui, certo? Nessa nossa última matéria sobre corrida, considerei especial fecharmos com chave de ouro, e por isso, mais do que trazer um expert técnico, trouxe a perspectiva de uma amante dos esportes e que tem uma história tão especial e poderosa sobre a corrida. Danielle Konichi, farmacêutica de formação e uma atleta de corpo e alma, reencontrou no esporte uma fonte de prazer e autoestima! Sempre ativa e da turma super esportista na adolescência, em certo momento da vida adulta, se viu sedentária em um quadro de depressão e obesidade grau 1. Imagino que muita gente também possa se reconhecer nessa história em algum momento ou fase da vida adulta, em que a rotina parece roubar parte da nossa essência em detalhes tão simples.
O reencontro com o esporte
O início da corrida na sua vida remete em sua memória à uma fase de autoestima baixa em que Danielle não queria mais sair de casa, evitava se expor e se escondia sob moletom mesmo no calor do verão de 40 graus! Correr foi uma forma de se movimentar e mais que isso, foi sua escolha para retomar as rédeas da própria vida!
Como toda pessoa que ama esporte, curtiu cada desafio e as progressões da corrida. Quanto maior a distância, maior a superação e mais feliz se percebia. Sua primeira prova foi em 2012 e desde então, não parou e acumulou mais de 110 provas. Mas definitivamente, mais do que conquistar medalhas, esse processo de retorno ao esporte foi o gatilho necessário para repensar sua vida e se priorizar: “Posso dizer que a corrida me salvou”.
O pontapé inicial de se olhar foi impulsionado pela corrida e gerou um efeito em cascata ainda mais importante: “Entendi que é sobre se superar. Afinal, correr grandes distâncias pode ser excelente, mas conseguir fazer 4km quando meu melhor era 1km é incrível. Ou aprender que preciso reservar 30 minutos de atividade física porque entendi que eu sou importante para mim mesma, sendo que antes não me considerava prioridade. É sobre isso, isso sim me empodera! Aprender a me respeitar fortalece minha coragem e minha mente… Me faz acreditar que sempre posso ir além!”
Se você também deseja iniciar e não sabe se tem o corpo certo, o tempo certo ou se é o momento certo para correr, ela traz que para começar, você precisa apenas de motivação! Calma, ela mesma reforça alguns preparos a quem deseja e planeja se beneficiar da corrida também!
Primeiro porque correr pode parecer simples, colocar um tênis e sair pela Paulista loucamente na ciclofaixa também, mas ela mesma traz a importância de que correr exige mecânica correta – e atenção, traz isso com a experiência de quem teve algumas lesões relacionadas ao esporte de impacto.
“Sei que para me manter no esporte, preciso me cuidar. Assim como a corrida permitiu meu autocuidado, hoje entendo que preciso me cuidar para me manter nesse esporte que amo. Por isso, faço exercícios de mobilidade de aquecimento antes de correr e principalmente, fortalecimento como Pilates ou musculação.”
Entendeu após algumas lesões e afastamentos, que no início não procurou ajuda por falta de informação na época e aconselha a quem deseja ter esse esporte no coração, procurar por ajuda profissional para que não se criem vícios que a longo prazo, ficam difíceis de corrigir. O treinador monta seu treino de acordo com sua rotina e sua evolução, criará pequenas metas e te dará feedbacks que te ajudam a querer evoluir e se manter no esporte.
Mais do que abordar sobre a corrida especificamente, a ideia de trazermos essa série de corrida é mais ampla! O objetivo é você sentir que ele também pode ser seu esporte – e como em qualquer esporte, há cuidados que podem ser tomados. E se o esporte entrou na sua vida porque você busca mais qualidade nela, lembre-se que seu bem-estar e a escolha pelo “ saudável” requer constância. Ter acesso à informação e se permitir experienciar é o primeiro passo para todos nós decidirmos o que faz sentido inserirmos em nossas rotinas.
Para conhecer um pouco mais da rotina de autocuidado para a corrida:
https://www.instagram.com/reel/CviKHNDuRFu/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==
*O conteúdo dessa matéria tem caráter informativo e não substitui a avaliação de Profissionais da Saúde.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.
Veja Também
Cuide da sua saúde antes que a doença chegue
Sente dor na relação sexual, ao ir ao banheiro ou nas costas? Pode ser endometriose
Saúde e bem-estar: a postura das crianças e adolescentes em relação ao uso excessivo do celular
Gestação: meu pé cresceu e perdi os sapatos, isso é normal?
Tech neck ou síndrome do pescoço tecnológico: até que ponto o uso de telas afeta a nossa postura?
