Nos últimos anos a relação com a estética corporal foi se modificando. Antes era valorizada a moda dos silicones grandes, com a prótese da mama aumentando com o tempo. Agora, a busca por uma vida mais natural, faz com que seja questionada a inserção de algo artificial, a prótese, em nosso corpo. Será que esse corpo estranho pode levar a um processo inflamatório prejudicando a saúde?

A dra. Patrícia Marques, convidada do trigésimo quinto episódio do Podcast Bem Estar com Paola Machado, destacou que apesar de existirem muitos estudos ainda não há uma resposta conclusiva quanto ao processo inflamatório. 

A especialista explicou que por se tratar de algo artificial, há uma resposta do nosso próprio corpo contra a prótese num primeiro momento, podendo ou não, levar a uma piora nesta inflamação, dependendo de cada pessoa. 

“A prótese é um corpo estranho, então ela induz a uma resposta inflamatória sim, pelo menos no primeiro momento. Porque quando a gente coloca a prótese, o corpo faz uma cápsula, que é uma película, ao redor do implante. Isso não só com a prótese de silicone. Se você colocar um marca-passo, uma prótese no joelho, também. Então tem a formação dessa cápsula. Agora se depois disso existe uma resposta inflamatória muito significativa na maior parte das pessoas, a gente não tem certeza”, destaca ela.  

A cirurgiã contou sobre alguns de seus casos nos quais optou por não colocar a prótese, devido às questões de saúde de suas pacientes. 

“Ao que tudo indica, pessoas que têm uma maior susceptibilidade genética para doenças autoimunes, talvez a prótese possa ser um gatilho para algumas situações. Por isso eu já tive pacientes com lúpus, por exemplo, com algumas doenças reumatológicas que eu não quis colocar na prótese”, enfatiza a doutora.

Formada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) em 2010 com pós-graduação em tricologia médica pela BWS; Residência Médica em Cirurgia Geral na Santa Casa de São Paulo concluída em 2013; Residência Médica em Cirurgia Plástica no Hospital Santa Marcelina concluída em 2017. É membro especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), com Fellowship em reconstrução de mama no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP em 2018 e reconstrução de mama e cirurgia linfática no Hospital Santa Creu i Sant Pau em Barcelona em 2019. É mestre em Ciência pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e autora de um livro sobre feminização facial.  

 

Assista ao trecho:

 

Veja mais do episódio completo: Bem-Estar Podcast #35 – Além da estética: a cirurgia plástica impacta a saúde emocional?

 

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