A Esclerodermia é uma doença crônica e autoimune que afeta a pele e, por vezes, pode comprometer os órgãos internos com sua inflamação. As regiões afetadas, como mãos e pés, tornam-se endurecidas devido ao acúmulo anormal de colágeno no corpo, podendo mudar de cor: ficam pálidas ou azuladas no frio e avermelhadas no calor. Esta condição é quatro vezes mais comum em mulheres após os 40 anos.

 

Alguns dos sintomas da esclerodermia variam. Entre os mais comuns estão inchaço, desconforto ou dor nos músculos e articulações, manchas e espessamento na pele. Além desses sintomas, pele seca, coceira constante na região afetada, rigidez da pele, fadiga, dor no peito, falta de ar e tosse também são observados”, diz a reumatologista Cláudia G. Schainberg.

 

Causas da esclerodermia

Sua causa ainda não foi completamente definida. No entanto, é possível afirmar que fatores genéticos e ambientais podem desencadear uma resposta do sistema imunológico, levando-o a atacar erroneamente os próprios tecidos do corpo.

“A esclerodermia pode ser associada a outras doenças autoimunes, como lúpus e polimiosite. Fatores como histórico familiar de esclerodermia, radioterapia e dermatomiosite podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença”, reforça Schainberg.

 

Diagnóstico da doença

O diagnóstico envolve uma avaliação clínica, testes laboratoriais, biópsias e, se necessário, testes de respiração e exames de imagem. 

 

Formas de tratamento da esclerodermia

Ainda não foi descoberta uma cura para a esclerodermia, mas é possível tentar controlá-la por meio de tratamentos, sendo eles medicamentosos ou terapêuticos para aliviar o endurecimento da pele (fibrose) e evitar a progressão da condição.

O cuidado precoce e adequado pode melhorar a qualidade de vida do paciente e reduzir o risco de complicações a longo prazo. O tratamento deve ser realizado somente após a indicação de um reumatologista.

 

Em colaboração: Dra. Cláudia G. Schainberg, reumatologista e diretora executiva do Grupo de pesquisa e Avaliação de Psoríase e Artrite Psoriásica (GRAPPA). Formada em medicina pela Universidade Federal da Bahia, com mestrado e doutorado pela Faculdade de Medicina da Usp.

 

*O conteúdo dessa matéria tem caráter informativo e não substitui a avaliação de Profissionais da Saúde.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.