Certamente você já escutou que o prato colorido é a melhor opção quando buscamos uma alimentação equilibrada e cheia de nutrientes, não é mesmo? Esta afirmação é verdadeira e está baseada no princípio de que, de maneira geral, os alimentos demonstram os micronutrientes, ou compostos ativos mais predominantes, pela sua cor. 

Vamos entender algumas dessas cores, seus principais aspectos nutricionais e o que elas podem fazer por você e pela sua saúde.

Mamão papaia, cenoura, abóbora e pêssego: estes alimentos, e todos os que têm cores amarelas alaranjadas, são ricos em uma classe de nutrientes chamada carotenoide – que atua como precursora da vitamina A. Por este motivo, desempenham muitos papéis importantes em nossa nutrição como: crescimento, função antioxidante, proteção das células cerebrais, restauração e renovação dos nossos tecidos como pele, cabelo e unhas. Uma dica importante, para conseguir aproveitar os vegetais ricos em betacaroteno, é adicionar azeite ou algum óleo vegetal quando for assar ou cozinhar o alimento, pois fará com que o nutriente seja melhor absorvido.  

Cebola roxa, uva, mirtilo, amora, açaí, framboesa, jabuticaba, beterraba, repolho roxo e batata doce roxa: estes alimentos são ricos em antocianinas; classe de compostos muito estudada por suas funções antiinflamatória, antimutagênica e antioxidante. Por estas características, esses alimentos ricos em antocianinas protegem o nosso corpo como um todo e garantem que as nossas células trabalhem da forma correta e com alta eficiência. 

Feijão carioca, magnum, rajado e azuki: as leguminosas são alimentos altamente nutritivos e acessíveis financeiramente; quando sua casca tem coloração próxima do marrom escura são ricos em compostos fenólicos e previnem câncer, mutações genéticas, antioxidantes e anti lipêmicos, ou seja, evitam o depósito de gorduras nas artérias e veias. Além disso, de forma geral, são altamente ricos em fibras alimentares, nutrientes responsáveis pela restauração de nossa flora intestinal, melhor gestão da sensação de fome e controle glicêmico.

 – Vegetais verde escuros: estes alimentos em geral são ricos em potássio e em ferro, chamado não heme ou ferro de origem vegetal. O potássio desempenha um papel bastante importante no fornecimento de energia ao nosso corpo e de controle dos nossos líquidos corporais; já o ferro leva oxigênio aos tecidos e células, combate a anemia por carência de ferro, promove a síntese de DNA, que é o nosso material genético, auxilia na proliferação e reparo celular, e produz energia também. 

Carne vermelha (vaca e porco): Os alimentos ricos em proteína, que são de origem animal, são altamente ricos em ferro, chamado de heme, por compor a estrutura de uma proteína presente apenas no reino animal chamada hemoglobina; possuem as mesmas funções o ferro de origem vegetal, porém os de origem heme são absorvidos com mais facilidade pelo nosso organismo, portanto, não sofrem tantas perdas durante o processo de digestão e absorção. As aves, peixes e frutos do mar, também possuem esse ferro, porém não na mesma quantidade que as carnes vermelhas, suínas ou vísceras. 

É importante esclarecer que todos os alimentos contêm inúmeros nutrientes sendo esses, carboidratos, proteínas, lipídeos (ou gorduras), além das vitaminas e minerais, porém, podemos encontrar, em cada um deles, aqueles nutrientes que são predominantes e que, portanto, fazem com que algumas características como a cor, se tornem mais evidentes. Logo, fica clara a necessidade, sempre que possível, de preparar pratos cheios de cores e sabores.  

 

*O conteúdo desta matéria tem caráter informativo e não substitui a avaliação de Profissionais da Saúde.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.