Há 10 anos, a taxa de obesidade entre adultos não chegava nem perto da taxa atual, com base em pesquisas realizadas em 2022, que é de 35%. A pesquisa também mostrou que além do aumento significativo nas taxas de obesidade, é notável a variação da obesidade entre raças e etnias. Em 38 estados, 35% dos homens negros tinham obesidade, enquanto apenas 14 estados marcaram a mesma porcentagem para homens brancos. Para latino-americanos a taxa passou para 32 estados, em contraste com os asiáticos americanos que não alcançaram estas taxas em nenhum estado. 

Estes dados trazem a preocupação com a falta de suporte para prevenção e tratamento da obesidade, especialmente para os homens negros e latino-americanos. Outro fator evidenciado com essa pesquisa, foi a diferença no acesso à saúde, alimentação saudável e locais para se exercitar, já que é por meio da boa alimentação, da atividade física semanal, boa quantidade de horas de sono, dentre outros fatores particulares de cada pessoa, como genética e medicações. 

Para evitar que este aumento ocorra no Brasil, é necessário tomar cuidado com a normalização da obesidade, tema que está em voga nas mídias sociais. Existe um risco significativo para a saúde pública com essa mudança de paradigma no senso comum sobre a obesidade.

A escala da epidemia de obesidade, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou que mais de 1,9 bilhão de adultos em todo o mundo estavam acima do peso, em 2016. No caso nacional, em 2019, cerca de 61,7% da população adulta estava acima do peso e 25,9% já era considerada obesa, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os impactos trazidos pela obesidade vão além dos físicos, abrangendo a saúde mental e emocional, sendo associada a maior incidência de depressão, ansiedade, dentre outros problemas de saúde mental. Necessita-se conscientizar a população quanto a importância de adotar hábitos saudáveis, apoiando aqueles que enfrentam a obesidade.

Para saber mais leia o texto sobre “Riscos da Normalização da Obesidade”, do nutrólogo Gustavo Feil.

E também “Obesidade: o excesso de gordura gera um processo inflamatório, desencadeando diversas doenças”, da Dra. Paola Machado.

*Por: Luiza Paniagua – estagiária sob supervisão. 

*O conteúdo desta matéria tem caráter informativo e supervisionado por um Profissional da Saúde.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.

 

Referências Bibliográficas