Falo que sou a menina da cara de adoçante e sal rosa do Himalaia para a qual constantemente justificam o porquê de estarem comendo um pão. Sempre que estou em algum lugar, as primeiras perguntas são: “o que eu faço para emagrecer?” ou “do que você vive?”

Sempre dou risada. Acho engraçada a forma como as pessoas veem e rotularam comer de forma equilibrada e a prática frequente de exercícios –enfim, ter um estilo de vida saudável. Costumam achar que você é uma pessoa chata, insossa e que não aproveita a vida.

Por isso, estou aqui para mudar a forma com que você enxerga tudo isso, contando um pouquinho sobre minha história, afinal, ao contrário do que pensam, o meu estilo de vida me fez redescobrir a beleza da vida.

Quando era pequena, tinha uma introversão muito grande. Não falava com ninguém e, aos meus 11 anos, encontrei no exercício uma forma de extravasar. Comecei correndo, sem rumo e nem meta, só correndo. Não tinha um objetivo final, o meu único objetivo era correr para tirar aquele nó da minha garganta e sentir a felicidade que aquele momento me proporcionava. 

Ali, descobri alguns benefícios de colocar o meu corpo em movimento (mesmo não tendo entendimento pleno e nem maturidade de conhecimento sobre o exercício), que era o autoconhecimento, autocuidado, autoconfiança, segurança e o despertar da minha felicidade interior. 

Na época, não existia internet como hoje e muito menos informações diversas sobre qualidade de vida. Eu ia pelo “feeling”, tentando fazer o certo, não em busca de um corpo, mas sim em busca da minha saúde e do meu ser –lembrando que o “certo” da época eram aquelas capas de revistas prometendo perder 10 quilos em uma semana.

Seguia tentando. Tentando encontrar o que de fato me completava e, com essa busca incessante em sempre melhorar, decidi me capacitar, especializar e buscar conhecimento com um curso de Educação Física. Prestei vestibular para Educação Física Modalidade em Saúde na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e descobri o quanto aquilo que estava aprendendo era o princípio de tudo.

Educar uma pessoa sobre o seu corpo, auxiliar em suas escolhas, entender como promover a saúde do nosso corpo me fez brilhar os olhos. Quis mais. Entrei no mundo das pesquisas. Fiz iniciação científica em imunologia, depois mestrado e doutorado em Ciências da Saúde. Descobri que podia ajudar pessoas a prevenir diversas patologias, melhorar a saúde mental e ainda promover saúde e longevidade. 

Quando passei dos 30 anos, amadureci ainda mais minha visão e conhecimento. Atendi mais de 500 mulheres com obesidade e, com esse aprendizado, entendi que a vida não é pautada em menos um dia e sim mais um dia. Pergunte-se: como você estava há 10 anos atrás? Como está hoje? E como você quer estar daqui a 10 anos?  Quando comecei a pensar dessa forma e orientar que os meus alunos e pacientes também pensassem, tudo começou a mudar.

Acompanhe nossos conteúdos que, com certeza, você entenderá o quão importante é dar o primeiro passo.