Está no ar mais um episódio do Podcast Bem-Estar com Paola Machado, mestre e doutora em Ciências da Saúde. Desta vez, o bate papo foi com o Dr. Bernardo Sampaio, fisioterapeuta.

O especialista trouxe à conversa de hoje uma explicação diferente do senso comum, quando falamos de dores na coluna e, até, outros tipos de dores. Bernardo falou  do contraste entre ficar parado e se exercitar na hora de tratar algum tipo de dor, destacando a importância de nunca deixar de ser ativo, principalmente na área afetada. 

“É muito pior o sedentarismo do que a corrida. Voltamos ao que a gente mencionou. Mas eu não tenho que tirar a carga? Para prevenir não. No momento agudo, de crise aguda, é necessário um bom manejo de carga. O que é um bom manejo de carga? É evitar sobrecarga. Lesionou? Então tira um pouquinho [de carga] e vai colocando novamente. De forma alguma hoje em dia a gente pode aceitar afirmações do tipo: ‘olha você já teve problema de coluna você tem que evitar para sempre exercícios de alto impacto, musculação, você tem que evitar sempre muita carga’, isso só vai piorar o quadro”, explica o fisioterapeuta.

A questão é a relação entre dor e imobilização, ou falta de fortalecimento da área afetada. Quando não exercitada, a parte do corpo lesionada ficará cada vez mais fraca, piorando a dor. No entanto, o indivíduo não deve continuar com a carga máxima que está acostumado em dias normais. É preciso adaptar sua carga ao momento da dor, para que depois possa retornar ao que está acostumado.

“Um exemplo. Se você ficar imobilizado, quebrou o cotovelo e ele ficou engessado. O que acontece? Você não está mexendo, está imobilizado. Depois que tira o gesso, você consegue esticar [o braço]? Não. Agora você imagina ficar um ano sem mexer o cotovelo. Agora a gente faz esse comparativo com você, evitando o movimento, tirando o movimento da sua rotina. Obviamente suas articulações não vão se preparar para qualquer sobrecarga”, exemplificou o doutor.

Formado em fisioterapia pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestre em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitário em cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos.

 

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