Aproximadamente 5 milhões de pessoas no Brasil apresentam altas habilidades, mas apenas 3 mil são associadas ao MENSA. Onde estão todas essas pessoas, e como elas estão lidando com sua própria vida e suas dificuldades de inserção na sociedade?

Alexandre Valverde, convidado do trigésimo primeiro episódio do Podcast Bem-Estar com Paola Machado, destacou a importância de diagnosticar essas pessoas com altas habilidades para que elas não sofram as consequências de não compreenderem suas dificuldades.   

“As pessoas com altas habilidades do país são 2% da população. QI acima de 130 é 2% da população. Aqui no Brasil a gente está falando de 4 milhões e 500 mil a 5 milhões de pessoas. Na Associação Internacional de Pessoas com Altas Habilidades, a MENSA, que tem escritório aqui no Brasil, a gente tem 3 mil associados, provavelmente a gente deve ter no máximo umas 50 mil diagnosticadas. Onde estão as outras 4 milhões?  ”, destaca ele  

O psiquiatra explica a necessidade desse diagnóstico para prevenir casos de depressão, suicídio, e incentivar essas pessoas com altas habilidades a crescerem na vida, tornando-se excelentes profissionais nas mais diversas áreas.

O que acontece. Essa pessoa que poderia ter um super talento desenvolvido, artístico, esportivo, intelectual, entra em colapso porque ela não sabe o que fazer com tanta energia e vai parar nas clínicas psiquiátricas fazer tratamento por depressão ou por ansiedade, baixa autoestima”, revela o psiquiatra. 

Alexandre é formado em medicina com residência em psiquiatria em 2005, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), tem mestrado em Filosofia Contemporânea em 2010, pela Universidade de Paris 1-Panthéon-Sorbonne, na França. Na sua pós-graduação publicou o livro “Ruptura, Solidão e Desordem”, em 2011. Atuou no Projeto Quixote e no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Itapeva, na Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência (APRAESPI). Atualmente trabalha exclusivamente em seu consultório particular remotamente. 

 

Assista ao trecho:

 

Veja mais do episódio completo: Bem-Estar Podcast #31 – Autismo: o que muda com o diagnóstico tardio?

 

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