Quando você escuta o termo “turbinado”, o que vem à sua mente? Se você respondeu “potente”, compreendeu a intenção desta matéria. Vamos falar de alimentos que além de nutrirem o corpo com energia, carboidratos, proteínas e lipídios, possuem compostos que agregarão potência e bom funcionamento ao seu corpo. Logo, são os famosos alimentos funcionais, também conhecidos como superalimentos, e estão relacionados com a redução no risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer e diabetes, dentre outras.
Embora não existam diretrizes oficiais para o que constitui um ‘superalimento’, geralmente está denominação se aplica a produtos alimentícios que contêm grandes quantidades de nutrientes específicos (por exemplo, quercetina e isoflavona). Devemos deixar claro, portanto, que os reais benefícios só serão potencialmente percebidos ao associarmos o seu consumo a um estilo de vida saudável e sustentável.
Outro ponto muito importante neste processo é a regularidade no consumo destes alimentos. Não se iluda com promessas falsas e fantasiosas de que após dois dias de consumo a sua vida mudará. É fundamental se pautar apenas em benefícios comprovados cientificamente, como tudo na nutrição.
Temos uma considerável lista de alimentos que são estudados por sua função benéfica, e destes, alguns já têm seus mecanismos de ação bem esclarecidos. Conheça um pouco mais e adicione em sua rotina alimentar:
Podemos citar ainda os brotos; as frutas vermelhas (berries), o chá verde, o alho, o gengibre, o cacau, o pólen de abelha e o açaí.
Você gosta de açaí? Frutinha rica em um composto chamado de antocianina com um grande potencial terapêutico, o açaí contribui com a nossa saúde da seguinte forma:
EFEITO ANTICÂNCER. As antocianinas impedem a formação de novos vasos sanguíneos que fornecem oxigênio para o crescimento dos tumores. Em alguns estudos, as antocianinas foram extraídas e isoladas de diferentes fontes vegetais com o objetivo de comprovar e elucidar o seu efeito anticâncer (esôfago, cólon, mama, fígado, hematológico e câncer de próstata), com resultados super promissores.
CONTROLE NOS NÍVEIS DE AÇÚCAR ou efeito “antidiabético” das antocianinas presentes nos alimentos. É bastante estudado e mostra-se efetivo no controle da doença. Uma suposta explicação para esta ação foi identificada em estudos feitos com roedores, possibilitando a percepção das antocianinas agindo na regulação do mecanismo de secreção de insulina pelas células β pancreáticas, sendo que para algumas variações de antocianinas, o aumento na secreção mostrou-se superior em 1,4 vezes mais.
PREVENÇÃO DE DOENÇA CARDIOVASCULAR (DCV). Estudos com grandes populações mostram que o consumo de alimentos ricos em antocianinas contribui com redução na ocorrência de DCV (vale reforçar que este não é o único fator existente, mas certamente pode gerar benefícios no campo da prevenção).
O consumo de morango, por exemplo, associou-se positivamente com a melhora do perfil lipídico (colesterol total e frações) e função plaquetária (relacionada à coagulação) em voluntários saudáveis.
Portanto, se você gosta de açaí, saiba que este é um alimento promissor e com elevado poder antioxidante, e que os efeitos positivos estão presentes com o consumo em torno de 100 gramas diários do alimento. De qualquer forma, vale saber que o consumo não pode ser esporádico e que a melhor forma de consumir este alimento é a in natura e não com adição de químicos, conservantes, açúcar ou maltodextrina.
Por fim, inúmeros são os benefícios relacionados à ingestão de alimentos ricos em compostos funcionais, como função anti-inflamatória, antiviral, antibacteriana, proteção cardiovascular e controle de pressão arterial. Ainda de forma inconclusiva, mas promissora, estudos demonstram um provável efeito impedindo a progressão de células cancerígenas.
Tenha em mente que nada atua de forma isolada, portanto, durma bem, exercite-se, alimente-se adequadamente e introduza estes alimentos em seu prato diário de forma predominante. Certamente se beneficiará de todos estes efeitos.
*O conteúdo dessa matéria tem caráter informativo e não substitui a avaliação de Profissionais da Saúde.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.
Veja Também
Amamentação e amor: como se preparar para aproveitar ao máximo esse momento
Como a sua alimentação pode influenciar diretamente na sua beleza física
Arroz e feijão: um casamento feliz para a nutrição humana
Álcool no pão de forma: há riscos à saúde? Qual é a quantidade segura?
Como nossa dieta influencia a microbiota intestinal e a absorção de vitamina D