Em reunião ordinária, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute hoje (19) a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil. Desde 2009, a fabricação, comercialização, importação e a propaganda desses dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), popularmente chamado vape, são proibidos no Brasil. Recentemente, a Anvisa realizou uma consulta pública sobre o assunto, com posições favoráveis e contrárias ao uso do vape. O crescente aumento do produto entre os jovens num mercado clandestino vem preocupando as autoridades de saúde do país. A Fundação do Câncer defende a manutenção da proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).

“Esses dispositivos não são uma alternativa segura para os fumantes abandonarem o vício em cigarro, como a indústria tabageira apregoa. Esses produtos podem conter muito mais nicotina que o cigarro convencional, têm compostos tóxicos e substâncias químicas que podem causar doenças pulmonares, lesões cardiovasculares e diversos tipos de câncer, além de possuírem potencial para iniciar ou manter a dependência em nicotina”, esclarece Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer.

De acordo com o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação, é preciso ampliar a fiscalização e combater o comércio ilegal destes dispositivos que são facilmente encontrados na internet e mesmo em pontos de venda. 

 

Além disso, fortalecer ações que visem a conscientização sobre os riscos do tabagismo, inclusive por meios eletrônicos, que causam prejuízo direto à saúde humana.

 

Colaboração e fontes: Luiz Augusto Maltoni, cirurgião oncológico e Diretor Executivo da Fundação do Câncer. É especialista em cirurgia oncológica, com MBA pela Coppead/UFRJ e Fellow na Ontario Cancer Treatment and Research Foundation/Canadá. 

Alfredo Scaff, médico epidemiologista e mestre em Saúde Coletiva. É consultor médico da Fundação do Câncer. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Medicina Preventiva, Epidemiologia e Planejamento em Saúde.

 

*O conteúdo dessa matéria tem caráter informativo e não substitui a avaliação de Profissionais da Saúde.

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