O inimigo “inofensivo” conhecido como mosquito Aedes aegypti é o causador desta doença alarmante que pode ser fatal, gerando um aumento no número de mortes.

Em 2024, a situação é histórica e bate recorde, aproximando-se de 2 milhões de casos em março, segundo o Ministério da Saúde. Chuvas intensas e altas temperaturas de calor criaram condições perfeitas para a propagação da doença nos últimos meses.

Os casos de surto se espalharam em veículos estrangeiros, gerando uma situação de alerta global, que exige a união de todos. Desta forma, especialistas em saúde têm se mobilizado para combater a proliferação do mosquito transmissor, mas é fundamental que a população também se conscientize e tome medidas para reduzir os casos.

New york times destaca: o Brasil tem uma emergência de dengue

Uma matéria publicada em fevereiro pelo New York Times destaca que a situação é um prenúncio de “uma crise de saúde para as Américas” e que é provável que se desloque para o norte.

Stephanie Nolen, que cobre saúde global, foi correspondente no Rio de Janeiro durante o último surto grave de dengue no Brasil. Ela afirma que o número de casos está se espalhando, atingindo países como Argentina, Uruguai e Paraguai. Durante o verão do Hemisfério Sul, o vírus pode se espalhar pelos continentes.

“Se casos como esse se prolongarem por muito tempo, o resultado é que veremos casos emergenciais também em outros países, de forma interligada”, disse o Dr. Albert Ko, especialista em dengue no Brasil e professor de saúde pública na Universidade de Yale.

 

Vacinação no combate da dengue e a sobrecarga de saúde

A tão aguardada vacina contra a dengue chegou pronta para ser mais uma aliada no combate à epidemia. A imunização também atua na redução da propagação do vírus, contribuindo muito para a saúde da população.

O Ministério da Saúde distribuirá as vacinas que não foram utilizadas, oferecendo-as a outros municípios considerados prioritários para aumentar a segurança. Embora a redistribuição seja aplicada, a faixa etária que continuará recebendo são os jovens de 10 a 14 anos.

Além disso, os governos estaduais estão inovando ao implementar centros de emergência especializados no diagnóstico e tratamento de casos suspeitos de dengue. Isso ajuda a evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde, incluindo a adição de camas extras para pacientes com quadros graves da doença. Infelizmente, esta necessidade foi evidenciada durante a pandemia de Covid-19, mostrando a importância de se preparar em casos extremos.

Como não existe tratamento especial para a dengue, hidratação, alimentação balanceada, prática de exercícios físicos, cuidados básicos e vacinação são as principais formas de prevenção.

 

Ações simples, mas necessárias, que podem ajudar no combate à dengue

  • Eliminar recipientes que possam acumular água parada;
  • O uso de repelentes contra mosquitos;
  • Telas em janelas e portas;
  • Areia em vasos de plantas;
  • Colocar desinfetantes nos ralos;
  • Limpeza e atenção à piscinas e aquários;
  • O uso de inseticidas e larvicidas.

É importante ampliar a conscientização e adotar medidas preventivas para evitar a propagação. Em caso de suspeita de dengue, procure imediatamente um médico.

 

*O conteúdo desta matéria tem caráter informativo e supervisionado por um Profissional da Saúde.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.

Referências Bibliográficas

https://www.nytimes.com/2024/02/10/health/dengue-brazil-americas.html
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/marco/ministerio-da-saude-reforca-seguranca-da-vacina-contra-a-dengue
https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2024/03/6822385-vacina-da-dengue-nao-usada-sera-redistribuida-entenda.html