Está no ar mais um episódio do Podcast Bem-Estar com Paola Machado, mestre e doutora em Ciências da Saúde. Desta vez, o bate-papo foi com o Dr. Igor Padovesi, ginecologista.

Em conversa reveladora, o médico explicou os impactos da menopausa na saúde da mulher e como a reposição hormonal é importante nesse período, ainda que muitos médicos não recomendam esse tipo de tratamento.

“A menopausa tem vários impactos no corpo da mulher. Não só do corpo, como de sintomas em geral também. E é mais do que comprovado há muito tempo, não é polêmico, é falta de conhecimento, que a reposição hormonal da menopausa é indicado para todas as mulheres praticamente, com poucas exceções. São raras as mulheres que tem alguma contraindicação. Isso não é questão de opinião, está escrito nos consensos há vários anos”, comenta o especialista.

O médico explica que há anos há evidências sobre os benefícios da reposição hormonal para a saúde da mulher no período da menopausa, mas ainda é pouco estudado nas escolas médicas.

“Só que é um tema que teve muitas idas e vindas na ciência, principalmente no início dos anos 2000, foi publicado um estudo chamado WHI, que foi bem famoso. Mostrava um aumento do risco, várias coisas que depois se entendeu que tiveram problemas metodológicos no estudo e se usava um tipo de reposição hormonal que hoje em dia praticamente não se faz mais. Mas muita gente formada nessa época ainda traz essa ideia do WHI. Então tem vários estudos que nas faculdades de medicina, nos programas de residência médica, não se ensina menopausa. Ninguém sabe nada de menopausa”, explica o cirurgião.

Formado em medicina pela USP, e doutorando em ginecologia pela UNIFESP. Ex-instrutor dos cursos de pós-graduação e outros cursos da área de ginecologia e obstetrícia do Hospital Albert Einstein e membro do corpo clínico do mesmo hospital. Criador dos projetos Menopausa ComCiência, SPMothers e fundador do Instituto de Cirurgia Íntima. Conquistou em 2024 o prêmio internacional com o 1º lugar no Congresso Mundial de Ginecologia Estética na Colômbia, com trabalhos científicos sobre ninfoplastias. É membro sênior da European Society of Aesthetic Gynecology (ESAG), da North American Menopause Society (NAMS), da International Menopause Society (IMS) e associado à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), onde já fez parte da Diretoria de Comunicação Digital (2016-2019).

 

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