Na semana passada, falamos sobre os alimentos fermentados e a relação deles com o tema dos probióticos e prebióticos. Como prometi no artigo anterior, vamos falar agora sobre um complemento para o tema que são os Psicobióticos. Pronto para entender esses detalhes? Então, vamos nessa!
E os psicobióticos!?
A relação entre a saúde intestinal e a saúde mental é um campo de estudo fascinante que tem ganhado atenção crescente nos últimos anos. O conceito de “eixo intestino-cérebro” descreve a via bidirecional através da qual o intestino e o cérebro se comunicam, influenciando diretamente a saúde como um todo. Vamos mais a fundo sobre os psicobióticos para aprender como esses alimentos fermentados e as bactérias benéficas que eles contêm, podem ajudar a melhorar nossa saúde mental.
Eixo intestino-cérebro
O eixo intestino-cérebro é composto por múltiplos sistemas, incluindo o sistema nervoso entérico (às vezes chamado de “segundo cérebro” do corpo), o sistema imunológico, eixos hormonais e uma grande rede de neurônios que se comunicam diretamente com o cérebro. Essa comunicação ocorre por meio de sinais bioquímicos, como neurotransmissores e hormônios, que são influenciados pela microbiota intestinal.
Um desequilíbrio na microbiota intestinal (também conhecido como disbiose) pode levar a alterações nesses sinais, afetando a função cerebral e potencialmente contribuindo para o desenvolvimento de problemas como ansiedade, depressão e até mesmo condições degenerativas do sistema nervoso.
Psicobióticos na saúde mental
Psicobióticos, particularmente alguns probióticos encontrados em alimentos fermentados, podem desempenhar um papel na modulação do eixo intestino-cérebro, oferecendo benefícios para a saúde mental. Eles fazem isso de algumas formas específicas:
- Modulação da inflamação: A redução da inflamação sistêmica.
- Produção de neurotransmissores: certos grupos de bactérias probióticas são capazes de participar da produção de neurotransmissores, como a serotonina e o GABA, que são essenciais para a regulação do humor e do comportamento.
- Fortalecimento da barreira intestinal: Os probióticos podem ajudar a fortalecer a barreira intestinal, prevenindo a “leakage” (vazamento) de substâncias que podem desencadear respostas inflamatórias e afetar negativamente o cérebro e o sistema imune.
Psicobióticos na dieta
Isso pode ser feito de forma simples e efetiva incluindo uma variedade de alimentos fermentados, como kimchi, tempeh, natto, e chucrute, além de alimentos ricos em prebióticos para alimentar as bactérias benéficas. Por isso, vale a pena entender bem o texto anterior (link) quanto aprofundamos nos melhores alimentos fermentados. Vamos a mais algumas dicas de dia a dia:
- Consumir uma ampla variedade de alimentos fermentados e ricos em prebióticos para promover a diversidade da microbiota intestinal;
- Os psicobióticos são benéficos, mas lembre-se: é importante manter um equilíbrio e não depender exclusivamente de um único tipo de alimento;
- Em casos de distúrbios digestivos ou alergias alimentares, é recomendável consultar um profissional de saúde antes de fazer alterações significativas na sua dieta.
A ciência dos psicobióticos e do eixo intestino-cérebro está em constante evolução, mas as evidências atuais sugerem um vínculo inegável entre a saúde intestinal e a saúde mental. Ao entender e aplicar esse conhecimento na nossa alimentação diária, podemos abrir novos caminhos para melhorar a saúde do corpo e da mente.
Alimentação
Nossa jornada através do fascinante mundo dos psicobióticos revela a complexidade e a beleza da conexão entre nossa alimentação, a saúde intestinal e a saúde mental. Ao explorar os benefícios de alimentos fermentados como kimchi, tempeh, natto, chucrute e entender a importância dos prebióticos e probióticos, fica claro que a chave para um bem-estar tem suporte na harmonia do nosso sistema digestivo.
A incorporação consciente de psicobióticos na nossa dieta não é apenas um ato de nutrir o corpo, mas também de cuidar da mente. Estes alimentos e bactérias benéficas têm o poder não só de melhorar nossa saúde física, mas também de oferecer suporte valioso na luta contra problemas tão comuns no mundo atual, abrindo caminho para uma vida mais feliz e saudável.
Como sociedade, estamos apenas começando a entender o potencial dos psicobióticos. À medida que a pesquisa continua a evoluir, é provável que descobriremos ainda mais maneiras pelas quais nossa microbiota intestinal pode influenciar nossa saúde mental.
Por enquanto, a mensagem do @drtakassi aqui é clara: cuidar do nosso intestino é cuidar da nossa mente. Brincadeiras a parte, mas quero que vc saiba: devemos buscar equilíbrio em nossas vidas, desta forma os alimentos fermentados e a ciência dos psicobióticos nos oferecem uma ferramenta poderosa e natural para alcançar esses objetivos.
E claro, jamais esqueça: sua primeira riqueza é a sua saúde. Afinal, sem saúde você não pode fazer absolutamente nada!
Até breve!
*O conteúdo desta matéria tem caráter informativo e não substitui a avaliação de Profissionais da Saúde.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.
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